Desânimo, isolamento, perda de interesse nas atividades profi ssionais e interpessoais podem ser sintomas da depressão. A doença vai se instalando lentamente até tomar conta da vida do indivíduo. Saber diagnosticá-la e procurar tratamento adequado é, então, um passo para fugir deste mal que afeta milhares de brasileiros. Ela chega de mansinho e toma conta da vida e da alma. Geralmente, é assim que se apresenta a depressão, uma doença que consiste em um conjunto de alterações comportamentais, emocionais e de pensamento.
Os sintomas são variados, entre eles estão o afastamento do convívio social, perda de interesse nas atividades profi ssionais, acadêmicas e lúdicas, e nas relações interpessoais. Quando essas alterações se tornam crônicas trazem prejuízos signifi cativos em várias áreas da vida de uma pessoa.
“Um paciente com depressão apresenta estado de humor rebaixado, o que infl uencia diretamente em seu cotidiano. Ele passa a enxergar as coisas por um outro prisma, de maneira distorcida. A construção da realidade fi ca prejudicada”, conta o psiquiatra Gilson Giuberti Filho.
O médico afi rma que a depressão é uma doença séria derivada da ansiedade e que precisa ser tratada de maneira cuidadosa, pois geralmente as pessoas que apresentam esse mal acabam desenvolvendo patologias como problemas cardíacos, pulmonares, intestinais, entre outros, que podem levar à morte.
“É importante procurar um psiquiatra assim que perceber algum sintoma da depressão. O médico poderá diagnosticar o grau da doença e medicar o paciente. A prescrição de antidepressivos e outras drogas é a primeira medida a ser tomada. Posteriormente, a pessoa poderá ser encaminhada a um psicoterapeuta, que irá complementar o tratamento, já que as terapias são realizadas em médio e longo prazo”, explica Gilson Giuberti.
A pedagoga Vera Lúcia Grillo conta que teve repetidos quadros de depressão, com intensidades variadas. “Sentia muito desânimo para realizar as minhas tarefas. A mente até pedia para fazê-las, mas o corpo não permitia o esforço. No início, pensei que fosse anemia”, relata.
Os sintomas são variados, entre eles estão o afastamento do convívio social, perda de interesse nas atividades profi ssionais, acadêmicas e lúdicas, e nas relações interpessoais. Quando essas alterações se tornam crônicas trazem prejuízos signifi cativos em várias áreas da vida de uma pessoa.
“Um paciente com depressão apresenta estado de humor rebaixado, o que infl uencia diretamente em seu cotidiano. Ele passa a enxergar as coisas por um outro prisma, de maneira distorcida. A construção da realidade fi ca prejudicada”, conta o psiquiatra Gilson Giuberti Filho.
O médico afi rma que a depressão é uma doença séria derivada da ansiedade e que precisa ser tratada de maneira cuidadosa, pois geralmente as pessoas que apresentam esse mal acabam desenvolvendo patologias como problemas cardíacos, pulmonares, intestinais, entre outros, que podem levar à morte.
“É importante procurar um psiquiatra assim que perceber algum sintoma da depressão. O médico poderá diagnosticar o grau da doença e medicar o paciente. A prescrição de antidepressivos e outras drogas é a primeira medida a ser tomada. Posteriormente, a pessoa poderá ser encaminhada a um psicoterapeuta, que irá complementar o tratamento, já que as terapias são realizadas em médio e longo prazo”, explica Gilson Giuberti.
A pedagoga Vera Lúcia Grillo conta que teve repetidos quadros de depressão, com intensidades variadas. “Sentia muito desânimo para realizar as minhas tarefas. A mente até pedia para fazê-las, mas o corpo não permitia o esforço. No início, pensei que fosse anemia”, relata.
Fique atento aos sintomas
• Feições deprimidas ou tristes;
• Redução do interesse ou prazer em realizar atividades (anedonia);
• Alterações de apetite (com ganho ou perda de peso);
• Distúrbios do sono (insônia ou sonolência excessiva);
• Redução geral do nível de atividade (retardo psicomotor);
• Agitação ou ansiedade;
• Fadiga ou perda de energia;
• Sentimentos de inferioridade e/ou culpa contínua, acompanhados por autocrítica, recordação seletivaou atenção para eventos negativos e ideação suicida.
• Feições deprimidas ou tristes;
• Redução do interesse ou prazer em realizar atividades (anedonia);
• Alterações de apetite (com ganho ou perda de peso);
• Distúrbios do sono (insônia ou sonolência excessiva);
• Redução geral do nível de atividade (retardo psicomotor);
• Agitação ou ansiedade;
• Fadiga ou perda de energia;
• Sentimentos de inferioridade e/ou culpa contínua, acompanhados por autocrítica, recordação seletivaou atenção para eventos negativos e ideação suicida.
Qualquer pessoa está sujeita a um quadro depressivo, pois a doença resulta basicamente da falta de eventos prazerosos no cotidiano, como conversar com os amigos, namorar e ter momentos de lazer. Portanto, ter qualidade de vida ajuda a evitá-la.
O equilíbrio na vida profssional, social e familiar também é fator importante na prevenção da doença. O psicoterapeuta Luciano Cunha explica, que quanto mais um indivíduo se preocupar em ter atitudes “reforçadoras”, ou seja, que tragam maior satisfação e devolvam o sentido às pessoas que estão ao lado e às atividades, maior a probabilidade de sentir-se bem.
Por outro lado, a baixa frequência de momentos agradáveis leva a uma queda na taxa de “reforço” e a pessoa possivelmente vai se sentir deprimida. Acredita-se que aproximadamente 20% da população mundial apresentam ou apresentarão algum quadro depressivo. Por razões ainda não esclarecidas, a doença costuma atingir duas vezes mais as mulheres do que os homens.
“Depressão não é um simples estado de tristeza, de ‘estar na fossa’ ou de ‘baixo-astral’. É uma situação corporal indesejável e constante, acompanhada de mudanças comportamentais involuntárias. É algo extremamente preocupante, pois a sua correlação com o suicídio é alta”, destaca Luciano Cunha.
O equilíbrio na vida profssional, social e familiar também é fator importante na prevenção da doença. O psicoterapeuta Luciano Cunha explica, que quanto mais um indivíduo se preocupar em ter atitudes “reforçadoras”, ou seja, que tragam maior satisfação e devolvam o sentido às pessoas que estão ao lado e às atividades, maior a probabilidade de sentir-se bem.
Por outro lado, a baixa frequência de momentos agradáveis leva a uma queda na taxa de “reforço” e a pessoa possivelmente vai se sentir deprimida. Acredita-se que aproximadamente 20% da população mundial apresentam ou apresentarão algum quadro depressivo. Por razões ainda não esclarecidas, a doença costuma atingir duas vezes mais as mulheres do que os homens.
“Depressão não é um simples estado de tristeza, de ‘estar na fossa’ ou de ‘baixo-astral’. É uma situação corporal indesejável e constante, acompanhada de mudanças comportamentais involuntárias. É algo extremamente preocupante, pois a sua correlação com o suicídio é alta”, destaca Luciano Cunha.

O diagnósticoA depressão não ocorre devido a um fator isolado, mas a uma interação de questões de ordem biológica, psicológica, histórica e ambiental. A principal característica desse mal é a atenção seletiva às memórias e eventos negativos.
Os depressivos têm uma tendência a atentarem para aspectos ruins de si mesmos e de seus ambientes, o que pode levá-los à fuga ou mesmo a desenvolver ansiedade quando expostos a algum desses fatores. Vera Lúcia conta que procurou diversos especialistas até obter o diagnóstico correto. “Além de ir ao psiquiatra, psicólogo e ao neurologista, procurei um psicoterapeuta, que me ajudou a externar o que estava preso dentro de mim”, comenta.
Durante uma crise depressiva, a pessoa apresenta um sofrimento intenso, que perdura a maior parte do dia ou, pelo menos, um período de duas semanas, mas nem sempre é possível elucidar o motivo. “O paciente precisa ser observado atentamente pelo psiquiatra, pois o quadro clínico da depressão é variado. Nos dias atuais, o estresse constante que leva à ansiedade também pode ser considerado um importante fator desencadeante da doença. É preciso analisar uma série de questões para que se chegue a um diagnóstico apurado”, detalha Gilson Giuberti.
O especialista procura descobrir como o paciente está se sentindo, como organiza a vida (trabalho, cuidados domésticos e pessoais com a higiene, alimentação e vestuário) e a maneira como se relaciona com as outras pessoas.

Os depressivos têm uma tendência a atentarem para aspectos ruins de si mesmos e de seus ambientes, o que pode levá-los à fuga ou mesmo a desenvolver ansiedade quando expostos a algum desses fatores. Vera Lúcia conta que procurou diversos especialistas até obter o diagnóstico correto. “Além de ir ao psiquiatra, psicólogo e ao neurologista, procurei um psicoterapeuta, que me ajudou a externar o que estava preso dentro de mim”, comenta.
Durante uma crise depressiva, a pessoa apresenta um sofrimento intenso, que perdura a maior parte do dia ou, pelo menos, um período de duas semanas, mas nem sempre é possível elucidar o motivo. “O paciente precisa ser observado atentamente pelo psiquiatra, pois o quadro clínico da depressão é variado. Nos dias atuais, o estresse constante que leva à ansiedade também pode ser considerado um importante fator desencadeante da doença. É preciso analisar uma série de questões para que se chegue a um diagnóstico apurado”, detalha Gilson Giuberti.
O especialista procura descobrir como o paciente está se sentindo, como organiza a vida (trabalho, cuidados domésticos e pessoais com a higiene, alimentação e vestuário) e a maneira como se relaciona com as outras pessoas.

“Com o tratamento, consegui me impor diante da vida, vencer as difculdades e retomar os meus projetos profssionais. Descobri que tenho muito para viver. Quero desfrutar tudo de maravilhoso que Deus tem me proporcionado”- Ana Maria Rodrigues, fotógrafa
Os tipos variados de depressão:
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão afeta 121 milhões de pessoas em todo o mundo. Ela pode ser classifcada em três tipos: depressão maior, distimia e transtorno bipolar.
O primeiro caracteriza-se pela combinação de alterações comportamentais, emocionais e de pensamento que incapacitam o indivíduo a realizar suas atividades profssionais, acadêmicas, de lazer, além de trazer alterações no apetite e sono.
Já a distimia é um tipo menos severo da doença, em que não se observa a incapacitação, mas em que estão presentes alterações indesejáveis no humor e no comportamento, de forma crônica. As pessoas constantemente mal-humoradas podem, na verdade, estar classifcadas nesse tipo de depressão.
O primeiro caracteriza-se pela combinação de alterações comportamentais, emocionais e de pensamento que incapacitam o indivíduo a realizar suas atividades profssionais, acadêmicas, de lazer, além de trazer alterações no apetite e sono.
Já a distimia é um tipo menos severo da doença, em que não se observa a incapacitação, mas em que estão presentes alterações indesejáveis no humor e no comportamento, de forma crônica. As pessoas constantemente mal-humoradas podem, na verdade, estar classifcadas nesse tipo de depressão.
Por fim, o transtorno bipolar tem uma prevalência menor que os anteriores e caracteriza-se por uma oscilação extrema do humor, que vai da mania (episódios maníacos) à depressão (episódios depressivos).

A depressão pode ocorrer em pessoas com perturbações neurofi siológicas, problemas hepáticos, tumores e alterações endócrinas, entre outras patologias. Recomenda-se uma avaliação médica antes de atribuir-se ao quadro depressivo uma determinação exclusivamente ambiental ou ligada à história de vida do paciente.
Perdas afetivas e fi nanceiras e a incapacidade de alcançar os objetivos traçados também podem ser terrenos férteis para a depressão. Segundo Vera Lúcia, a sua primeira crise foi desencadeada por um problema afetivo: a perda do pai. Um ano antes de apresentar a doença, o fato mexeu muito com o seu estado emocional. “Era impotente diante da vida. Tudo ficou sem cor e sem sentido”, revela.
A fotógrafa Ana Maria Rodrigues conta que lutou por muito tempo contra a depressão, que se instalou por causa das adversidades do cotidiano e de algumas perdas. “Deixei de viver muitos momentos especiais de minha vida por estar em depressão. Foram 10 anos do crescimento da minha filha nos quais não estive por perto como deveria. Não tinha condições emocionais de cuidar dela”, lamenta Ana Maria.
De acordo com Luciano Cunha, um estilo de vida que não possibilita experiências agradáveis, conquistas, vitórias pode não só desencadear como manter o quadro depressivo durante muito tempo.
Evite a depressão
• Busque interagir com pessoas que lhe façam sentir-se bem.
• Participe de atividades sociais, mesmo que não sinta vontade.
• Pratique atividade física moderada, mesmo que não tenha ânimo.
• Tenha pensamentos positivos e aproveite as coisas simples da vida.
• Busque interagir com pessoas que lhe façam sentir-se bem.
• Participe de atividades sociais, mesmo que não sinta vontade.
• Pratique atividade física moderada, mesmo que não tenha ânimo.
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Saiba mais sobre depressão.
Visite o site: www.comporaec.com.br
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Os tratamentosUma pessoa com depressão precisa de tratamento adequado que, na maioria das vezes, é a junção da prescrição de medicamentos com as terapias comportamentais. Para o psiquiatra Gilson Giuberti, a união dos dois procedimentos trará uma melhora rápida ao paciente e um controle mais efi caz da doença.
Além de fazer uso dos medicamentos prescritos pelo médico, Vera Lúcia procurou um psicoterapeuta para complementar o seu tratamento. Com a ajuda da terapia, ela conseguiu colocar para fora tudo o que lhe fazia mal. “Pude expor as minhas insatisfações, medos e angústias. O terapeuta me ajudou a rever valores pessoais e enxergar a real importância de viver. Aprendi a pensar positivo”, conta, emocionada.
Vera Lúcia deixou de lado os seus temores e enfrenta a vida com alegria, confi ança e determinação. Após ter encerrado o tratamento com os remédios, ela continuou com as sessões de psicoterapia. “O remédio atua no físico, mas a terapia trata o interior. Foi ela que me ajudou a transpor o abismo que se abriu à minha frente”, destaca.
No caso de Ana Maria, além dos medicamentos, a psicanálise foi o caminho encontrado para superar a depressão. “Com o tratamento, consegui me impor diante da vida, vencer as dificuldades e retomar os meus projetos profi ssionais. Descobri que tenho muito para viver.
Quero desfrutar tudo de maravilhoso que Deus tem me proporcionado”, afi rma a fotógrafa. As terapias comportamentais têm se mostrado eficazes no tratamento de indivíduos com depressão, pois auxiliam no aprendizado da realização de atividades reforçadoras, individualmente ou em grupo.
Por ser a primeira medida a ser tomada pelo médico, a indicação de remédios, nos casos em que há um comprometimento mais sério da doença, deverá ser analisada com cuidado pelo psiquiatra, em acordo com o paciente.
Além de fazer uso dos medicamentos prescritos pelo médico, Vera Lúcia procurou um psicoterapeuta para complementar o seu tratamento. Com a ajuda da terapia, ela conseguiu colocar para fora tudo o que lhe fazia mal. “Pude expor as minhas insatisfações, medos e angústias. O terapeuta me ajudou a rever valores pessoais e enxergar a real importância de viver. Aprendi a pensar positivo”, conta, emocionada.
Vera Lúcia deixou de lado os seus temores e enfrenta a vida com alegria, confi ança e determinação. Após ter encerrado o tratamento com os remédios, ela continuou com as sessões de psicoterapia. “O remédio atua no físico, mas a terapia trata o interior. Foi ela que me ajudou a transpor o abismo que se abriu à minha frente”, destaca.
No caso de Ana Maria, além dos medicamentos, a psicanálise foi o caminho encontrado para superar a depressão. “Com o tratamento, consegui me impor diante da vida, vencer as dificuldades e retomar os meus projetos profi ssionais. Descobri que tenho muito para viver.
Quero desfrutar tudo de maravilhoso que Deus tem me proporcionado”, afi rma a fotógrafa. As terapias comportamentais têm se mostrado eficazes no tratamento de indivíduos com depressão, pois auxiliam no aprendizado da realização de atividades reforçadoras, individualmente ou em grupo.
Por ser a primeira medida a ser tomada pelo médico, a indicação de remédios, nos casos em que há um comprometimento mais sério da doença, deverá ser analisada com cuidado pelo psiquiatra, em acordo com o paciente.
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